O navio fantasma atracou na terceira margem do rio
DOI:
https://doi.org/10.34112/2317-0972a2014v32n63p155-165Resumo
“E o navio fantasma atracou na terceira margem do rio”. Poderia ser um título criado para encaixar-se com precisão no tema desse 19º Cole, Leituras sem margens. Mas, na verdade, é um conto. Porque o pedido que recebi da organização foi que falasse do meu trabalho, escolhi para nomear esta conversa o miniconto que encerra meu livro mais recente, “Hora de alimentar serpentes”.Seis palavras bastam para costurar um conto fora das margens. Com tão pouco, nos remete a cargas culturais, fala de mistério, diz da consistência do impalpável, e encerra uma viagem no imaginário. Um conto que sintetizando todo o conteúdo do livro o leva ao seu fim, e que, justamente, se intitula “Porto”.
E para que minhas intenções nesse livro ficassem claras já na abertura, o prólogo é, ele também, um conto de poucas palavras: “Enfiou a serpente na agulha. E começou a costurar”.
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