Escravos: escrita, leitura e liberdade
DOI:
https://doi.org/10.34112/2317-0972a2017v35n71p115-136Palavras-chave:
Escravidão, cultura letrada, escravos letradosResumo
Centenas de anúncios publicados em jornais no Brasil do século XIX apresentam pessoas escravizadas que sabiam ler e escrever. Nosso intuito é identificar elementos recorrentes nesses anúncios e delinear perfis e trajetórias de escravos que sabiam ler e escrever.
Downloads
Referências
ALENCASTRO, Luiz Felipe de. Proletário e escravos. Novos Estudos Cebrap, São Paulo, n.21, p. 30-56, jul. 1988.
______. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atântico Sul. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
ARANTES, Adlene Silva. 2005. O papel da Colônia Orfanológica Isabel na educação e na definição dos destinos de meninos negros, brancos e índios na Província de Pernambuco (1874-1889). Dissertação (Mestrado em Educação), Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2005.
BRASIL. Constituição política do Império do Brazil. 1824. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao24.htm>. Acesso em: 17 ago. 2017.
CHARTIER, Roger. A mão do autor e a mente do editor. Tradução de George Schlesinger. São Paulo: Unesp, 2014.
DANTAS, Raymundo de Souza. Um começo de vida (depoimento biográfico). Rio de Janeiro: Ministério da Educação, 1949.
FREYRE, Gilberto. O escravo nos anúncios de jornais brasileiros do século XIX. São Paulo: Global, 2010.
GALVÃO, Ana Maria de Oliveira et al. História da cultura escrita, séculos XIX e XX. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.
GODOI, Rodrigo Camargo. Um editor no Império: Francisco de Paula Brito. São Paulo: Edusp, 2016.
GUIMARÃES, Pinheiro. História de uma moça rica. Rio de Janeiro: Typ do Diário do Rio de Janeiro, 1861.
LUZ, Itacir Marques da. Negros com passos letrados: a ação educativa da Sociedade dos Artistas Mecânicos e Liberais. In: GALVÃO, Ana Maria de Oliveira et al. História da cultura escrita, séculos XIX e XX. Belo Horizonte: Autêntica, 2007. v. 1, p. 9-37.
MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria. Pai contra mãe. In: ______. Obra completa de Machado de Assis. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008a. v. 2.
______. Hoje avental, amanhã luva. In: ______. Obra completa de Machado de Assis. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008b. v. 3.
MARTINS, Monica de Sousa. Entre a cruz e o capital: as corporações de ofício no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Garamond Universitária, s.d.
MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. Livro I: o processo de produção do capital. Tradução de Rubens Enderle. São Paulo: Boitempo, 2013.
NASCIMENTO, Abdias. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. São Paulo: Perspectiva, 2016.
RAINVILLE, César de. O Vinhola Brazileiro - novo manual prático do engenheiro, arquiteto, pedreiro, carpinteiro, marceneiro e serralheiro. Rio de Janeiro: Eduardo & Henrique Laemmert, 1880.
RIBEIRO, Gladys Sabina. A liberdade em construção. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.
ROCHA, Justiniano José da. O Brasil, 10 de dezembro de 1844, p. 1.
RUGIU, Antonio Santonio. Nostalgia do mestre artesão. Campinas: Autores Associados, 1998.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. Retrato em preto e branco. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.
SILVA, Adriana Maria P. da. Aprender com perfeição e sem coação: uma escola para meninos pretos na corte. Brasília: Plano, 2000.
______. ”Os meninos das aulas públicas de primeiras letras: Pernambuco, primeira metade do século XIX”. In: GALVÃO, Ana Maria de Oliveira et al. História da cultura escrita, séculos XIX e XX. Belo Horizonte: Autêntica, 2007. v. 1, p. 271-305.
STOLZE LIMA, Ivana (Org.). História social da língua nacional. Rio de Janeiro: NAU, 2014.
WISSENBACH, Maria Cristina Cortez. Cartas, procurações, escapulários e patuás: os múltiplos significados da escrita entre escravos e forros na sociedade oitocentista. Revista Brasileira de História da Educação, Campinas, n. 4, p. 103-122, jul.-dez. 2002.