Fazendo e desfazendo gênero em Billy Elliot
DOI:
https://doi.org/10.34112/2317-0972a2018v36n73p51-67Palavras-chave:
gênero, subjetivações, educaçãoResumo
O convite deste artigo é colocar o pensamento sob suspeita: por que se pensa o que se pensa? Como os pensamentos organizam as ações no mundo e as relações pessoais? São estas questões que estão no foco das problematizações que se tomam como desafio a partir do filme Billy Eliot, a história de um menino que insiste em romper com a tradição familiar de lutadores de boxe, para se arriscar no balé. A partir deste drama cinematográfico, discute-se a construção dos gêneros pela perspectiva de Judith Butler, ou seja, como o masculino pode ser entendido dentro do projeto de fazer e desfazer o gênero.
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