A formação de leitores assumida como proposta pedagógica: das contradições às congruências

Autores

  • Gomercindo Ghiggi Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil.
  • Priscila Monteiro Chaves Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil.
  • Rogéria Novo da Silva Rede Municipal de Ensino de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34112/2317-0972a2017v35n69p115-130

Palavras-chave:

Formação de leitores, formação permanente, proposta pedagógica

Resumo

O presente artigo busca, a partir de uma investigação com um grupo de professores de uma escola pública de rede municipal, através de entrevistas semiestruturadas, pensar os entraves da atuação de professores na formação de leitores, considerando o vasto discurso utilizado pelos docentes com o advento do letramento. O referencial teórico adotado concentra-se mormente nos preceitos teóricos de Paulo Freire (e seus comentadores), bem como de autores outros que se destinam a pesquisar a leitura. Como conclusão, propõe-se que as práticas sociais cotidianas adentrem os programas escolares em projetos assumidos pelos professores, enquanto movimento realizado na própria instituição, problematizando o que se entende como tarefa da escola para a formação de leitores e buscando indicativos que enfrentem os limites concretos que o processo de escolarização vem imprimindo ao conhecimento cultural e cientificamente organizado.

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Biografia do Autor

Gomercindo Ghiggi, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil.

Gomercindo Ghiggi é graduado em Filosofia (Universidade Católica de Pelotas), tem Mestrado em Filosofia (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul) e Doutorado em Educação (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). É professor da Universidade Federal de Pelotas. Tem experiência na área de Filosofia da Educação, com pesquisa nos seguintes temas: Paulo Freire, educação popular, formação de professores, autoridade, liberdade e educação.

Priscila Monteiro Chaves, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil.

Priscila Monteiro Chaves é graduada em Licenciatura em Letras Português-Francês e respectivas literaturas (Universidade Federal de Pelotas), tem Mestrado e Doutorado em Educação (Universidade Federal de Pelotas). É professora temporária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de Filosofia da Educação, com pesquisa nos seguintes temas: ensino de literatura, formação humana, teoria crítica da sociedade, alfabetização e letramento.

Rogéria Novo da Silva, Rede Municipal de Ensino de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil.

Rogéria Novo da Silva é graduada em Pedagogia (Universidade Federal de Pelotas) e tem Mestrado em Educação (Universidade Federal de Pelotas). É professora da Rede Municipal de Ensino de Pelotas. Tem experiência na área de Filosofia da Educação, com pesquisa nos seguintes temas: formação de professores, formação permanente e teoria freiriana.

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Publicado

2017-05-16

Edição

Seção

Artigos