A formação de leitores assumida como proposta pedagógica: das contradições às congruências
DOI:
https://doi.org/10.34112/2317-0972a2017v35n69p115-130Palavras-chave:
Formação de leitores, formação permanente, proposta pedagógicaResumo
O presente artigo busca, a partir de uma investigação com um grupo de professores de uma escola pública de rede municipal, através de entrevistas semiestruturadas, pensar os entraves da atuação de professores na formação de leitores, considerando o vasto discurso utilizado pelos docentes com o advento do letramento. O referencial teórico adotado concentra-se mormente nos preceitos teóricos de Paulo Freire (e seus comentadores), bem como de autores outros que se destinam a pesquisar a leitura. Como conclusão, propõe-se que as práticas sociais cotidianas adentrem os programas escolares em projetos assumidos pelos professores, enquanto movimento realizado na própria instituição, problematizando o que se entende como tarefa da escola para a formação de leitores e buscando indicativos que enfrentem os limites concretos que o processo de escolarização vem imprimindo ao conhecimento cultural e cientificamente organizado.
Downloads
Referências
ADORNO, T. W. Teoria da semicultura. Trad. Newton Ramos de Oliveira. Educação e Sociedade, Campinas, ano XVII, n. 56, p. 388-411, dez. 1996.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CEB n.º 7, de 14 de dezembro de 2010, que fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12748&Itemid=866>. Acesso em: 10 out. 2015.
GADOTTI, M. História das ideias pedagógicas. 8. ed. São Paulo: Ática, 2001.
FERREIRO, E. Reflexões sobre alfabetização. São Paulo: Cortez, 2000.
______. Alfabetização e cultura escrita. Entrevista concedida a Denise Pellegrini. Nova Escola – A revista do Professor. São Paulo, p. 27-30, maio 2003.
______. Leer y escribir en un mundo cambiante. In: FERREIRO, E. Pasado y presente de los verbos leer y escribir. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2008. p. 11-39.
FERREIRO, E.; TEBEROSKY, A. A psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artmed, 1999.
FREIRE, P. Cartas a Guiné-Bissau: registros de uma experiência em processo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
______. Professora sim, Tia não: cartas a quem ousa ensinar. São Paulo: Olho d' água, 1998.
______. Pedagogia da indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: Unesp, 2000.
______. Pedagogia do oprimido. 50. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
LERNER, D. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Tradução de Ernani Rosa. Porto Alegre: Artmed, 2002.
LERNER, D.; STELLA, P.; TORRES, M. Formación docente en lectura y escritura: recorridos didacticos. Buenos Aires: Paidós, 2009.
MARCUSE, H. A ideologia da sociedade industrial. Rio de Janeiro: Zahar, 1973.
OLIVEIRA-FORMOSINHO, J. A investigação-ação e a construção de conhecimento profissional relevante. In: PIMENTA, Selma Garrido; FRANCO, Maria Amélia S. Pesquisa em Educação – possibilidades investigativas da pesquisa-ação. São Paulo: Loyola, 2008. v. 2. p. 27-39.
RIBEIRO, A. E. A.; BATISTA, A. R. O letramento e suas formas de apropriação: análise das narrativas de professores. In: CONGRESSO DE LEITURA DO BRASIL, 17., 2009, Campinas. Anais do 17º COLE, Campinas, SP: ALB, 2009. Disponível em: <http://www.alb.com.br/portal.html>. Acesso em: 15 ago. 2011. ISSN: 2175-0939.
SAMPIERI, R. H.; COLLADO, C. H.; LUCIO, P. B. Metodologia de pesquisa. 3. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2006.
SOARES, M. Alfabetização e letramento. 5. ed. São Paulo: Contexto, 2008.
______. Letramento: um tema em três gêneros. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.