D’Os mistérios de Paris aos mistérios no Prata: tradução, imitação e invenção

Autores

  • Nelson Schapochnik Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34112/2317-0972a2017v35n71p101-113

Palavras-chave:

Os mistérios de Paris, recepção, tradução, imitação

Resumo

Este trabalho, ensaístico, explora a recepção do romance Os mistérios de Paris entre os letrados austrais e discute como o estabelecimento de redes de distribuição de jornais, revistas e livros contribuiu para conferir uma centralidade cultural à França e enraizar a francofonia e o prestígio da literatura francesa entre os membros das elites latino-americanas. Nesse caso, a francofonia passou a ser mais um elemento de distinção social, agregando aos portadores desse saber um inequívoco poder simbólico. As listas de remessas de livros indicavam um processo de laicização da cultura, com a ascensão de um multifário conjunto de classes bibliográficas, incluindo aí as belas-letras, as ciências e a história. Assim discutimos como a tradução e a imitação contribuíram para forjar a inserção de candidatos à carreira de escritores.

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Biografia do Autor

Nelson Schapochnik, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Nelson Schapochnik é graduado em História (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), com Mestrado e Doutorado em História Social (Universidade de São Paulo). Realizou estágio pós-doutoral na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Já lecionou na Universidade Estadual de Londrina, Universidade Estadual Paulista, foi professor visitante na Universidade de Lisboa (Portugal) e na Universidad de la Republica (Uruguai). É pesquisador da história do livro, da leitura, da edição e das bibliotecas. É professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo desde 2001.

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Publicado

2018-01-01

Edição

Seção

Dossiê – Artigos