O uso de fantoches e suas contribuições para a narrativa de crianças
DOI:
https://doi.org/10.34112/2317-0972a2021v39n83p83-103Palavras-chave:
Educação Infantil, prática-pedagógica, literatura infantil.Resumo
Resumo. Este artigo aborda parte dos resultados de pesquisa desenvolvida em uma turma de Educação Infantil de uma escola privada, visando estudar a possível contribuição do uso de fantoches para a construção de narrativas por crianças. Desenvolvida em 2017 a pesquisa compôs-se por conjunto de procedimentos metodológicos, dos quais destacamos dez encontros com a professora e a turma estudada. As análises do material empírico permitiram evidenciar que os fantoches, além de aumentarem a motivação das crianças para recontarem as histórias, afetaram, positivamente, a estrutura das narrativas: as crianças usam-nos para sustentar os enredos; criam e incluem mais personagens; experimentam diferentes vozes; constroem diálogos entre personagens e/ou atribuem características psicológicas a eles. Com este estudo, pretende-se contribuir para reflexões sobre a importância da construção de práticas pedagógicas diferenciadas relacionadas à literatura infantil e seus efeitos sobre o desenvolvimento das crianças.Downloads
Referências
ABRANTES, A.A. A educação escolar e a promoção do desenvolvimento do pensamento: a mediação da literatura infantil. Tese de Doutorado em Educação, Campinas, SP: Universidade Estadual de Campinas, 248p, 2011.
ABRANTES, A. A. Educação escolar e desenvolvimento humano: a literatura no contexto da Educação Infantil. In: MARSIGLIA, A. C. G. A infância e pedagogia histórico-crítica. Campinas, SP: Autores Associados, 2013.
BRITO, L. E.; ROCHA, M.S.P.M.L. Literatura na Educação Infantil: modos de trabalho com textos e possibilidades do desenvolvimento da capacidade criativa. Campinas, SP: Revista Teoria & Prática, v.34, n.68, p.45-64, 2016.
BRUNER, J. The narrative construction of reality. Critical Inquiry, 17, 1991.
COSTA, M. M.; RAMOS, F. B.; PANOZZO, N. S. P. Educação Infantil: literatura como espaço de fruição. Revista Signo, UNISC, Santa Cruz do Sul, v. 32, n. 53, p.128-140, 2007. Disponível em: <https://online.unisc.br/seer/index.php/signo/article/view/82/182>. Acesso em: 30 dez. 2018
GERALDI, J. W. O texto na sala de aula. São Paulo: Ed. Ática, 2006, 4ª ed.
GÓES, M.C.R. O jogo imaginário na infância: a linguagem e a criação de personagens. In: 23ª Reunião Anual da ANPED, Caxambu, MG: Anais, 2000.
MACHADO, H.C. “Hoje posso ser eu tia?”: Leitura fruição pela voz e mãos de crianças da Educação Infantil. Dissertação de Mestrado. Campinas, SP: Pontifícia Universidade Católica de Campinas, 2017.
MORTATTI, M.R.L. Na história do ensino da literatura no Brasil: problemas e possibilidades para o século XXI. Curitiba: Educar em Revista, Editora UFPR, n. 52, p. 23-43, abr./jun. 2014.
SACCONAMI, M. C. S. A criatividade na arte e na Educação Escolar: uma contribuição à pedagogia histórico-crítica à luz de Georg Lukács e Lev Vigotski. Dissertação de Mestrado. Araraquara- SP: Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus Araraquara, 2014
SILVA, J.P.; URT, S.C. O valor da arte literária na construção da aprendizagem da criança. Revista Nuances: estudos sobre Educação, Presidente Prudente, SP, v.27, n.1, p.225-246, jan./abr. 2016
VIGOTSKI, L. S. A Construção do Pensamento e da Linguagem. São Paulo-SP: Martins Fontes, 2009.
VIGOTSKI, L. S. Imaginação e criatividade na infância. São Paulo: Martins Fontes, 2014
VYGOTSKI, L. S. Obras Escogidas. Volume III. Madrid: Visor. 1995
VIGOTSKI, L. S.; LEONTIEV, A. N.; LURIA, A. R. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone, 2012.
