Congresso de Leitura do Brasil: projetos e demandas para a formação de leitores

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34112/2317-0972a2020v38n79p75-90

Palavras-chave:

COLE, política de leitura, política de currículo, discurso

Resumo

Este trabalho apresenta a constituição do Congresso de Leitura do Brasil em um cenário de disputas e negociação por projetos de formação de leitores. Nesta discussão, destaca-se a contribuição do COLE como espaço de produção de conhecimento sobre a formação de leitores, algo que fortalece a formação inicial para a docência. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, bibliográfica e documental, que considera os contextos de disputa, antagonismo e articulação em prol de uma política de formação de leitores. Como resultado é possível afirmar que o COLE formaliza a constituição de uma comunidade epistêmica e de algumas comunidades disciplinares que atuam como contexto de influência na produção das políticas educacionais voltadas à leitura, ao passo que modificam o âmbito da formação inicial de professores/formadores de leitores por meio de suas práticas discursivas/pedagógicas. Nesse sentido, o COLE se diferencia por ser um espaço potencialmente democrático para produção curricular dos cursos de Letras e Pedagogia, fortalecendo o objeto de estudo leitura no campo da pesquisa educacional.

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Biografia do Autor

Geniana dos Santos, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, Mato Grosso, Brasil

Geniana dos Santos é graduada em letras (Universidade Federal de mato Grosso) e pedagogia (Claretiano Centro Universitário), tem Mestrado em Educação (Universidade Federal de Mato Grosso) e Doutorado em Educação (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). É professora da Universidade Federal do Mato Grosso. Tem experiência na área de pedagogia e didática, com pesquisa nos seguintes temas: teoria do discurso, políticas curriculares, práticas de linguagem, leitura e didática. Atua no Núcleo de Educação Aberta e a Distância (NEAD) como docente e coordenadora pedagógica do Polo de Canarana. Participa do grupo de pesquisa Políticas de Currículo e Cultura (UERJ); Políticas Contemporâneas de Currículo e Formação Docente (UFMT) e do grupo de pesquisa Políticas de Currículo e Alteridade, da Universidade Federal de Rondonópolis.

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Publicado

2020-10-09

Edição

Seção

Dossiê – Artigos