Infância e Resistência – resistir a quê?
DOI:
https://doi.org/10.34112/2317-0972a2013v31n61p199-211Palabras clave:
Governamentalidade, povo criança, cidadania.Resumen
O presente artigo procura analisar a questão da infância brasileira escolarizada através do conceito foucaultiano de governamentalidade. Argumenta em torno da tese de que estaria em curso no Brasil a prática de uma “governamentalidade democrática”, que consiste em governar pela cidadania. São examinados dois documentos do Ministério da Educação para mostrar que o governo da infância está sendo feito na medida em que cada criança é tomada pelo Estado como um “cidadão”, portanto parte de uma biopolítica. Nesse contexto, a última parte do artigo retoma a noção de “povo criança”, trabalhada pelo filósofo francês Alain no começo do século XX, como forma de resistir a esse governamento.